domingo, 24 de maio de 2009

O selo do Lula

O SELO DO LULA



O Selo do LULA

Lula queria um selo com sua foto para marcar o aniversário de seu
governo..
Duda Mendonça achou boa a idéia e executou o projeto. Lula aprovou e
mandou a ECT fazer 10 milhões de selos. Quando o selo foi para as
ruas, Lula ficou radiante! Mas, em poucos dias, ficou furioso ao
ouvir reclamações de que o selo não aderia aos envelopes.
Imediatamente, convocou os responsáveis pela confecção e emissão do
selo com sua imagem, ordenando que investigassem rigorosamente o
assunto.
Comissões pra lá, grupos, subgrupos e equipes aos montes pesquisaram
as agências dos Correios de todo o país, ouviram usuários,
balconistas etc...e, finalmente, desvendaram o que estava ocorrendo.
O relatório, com mais de mil páginas, entregue um mês depois, dizia,
na sua conclusão:
"Não há nada de errado com a qualidade dos selos. O problema é que o
povo está cuspindo do lado errado"!

quinta-feira, 21 de maio de 2009

exemplos de mulheres


Mulheres no Banheiro
A gordinha estava em um banheiro de uma danceteria, pintando-se no espelho, quando de repente chega uma linda ruiva de olhos azuis. Ela tinha uma delicada cintura e usava uma calça justíssima de couro.

Enquanto a gorda observava essa escultural criação divina,
a ruiva se olha no espelho diz: Obrigada Herbalife

A gordinha ficou paralisada com o lápis labial na boca, enquanto vê sair a ruiva. Continuou o que fazia, quando de repente entra uma
maravilhosa loira duas vezes melhor que a ruiva, corpo escultural, cintura mínima, se olha no espelho e diz :
Obrigada Coscarque.

A gordinha ficou paralisada com o tubo de rímel na mão enquanto vê sair a tremenda loira.
Continua sua maquiagem quando entra uma linda morena três vezes melhor que a loira, corpo escultural, pele suave, cintura
ultra fina, lindas pernas, uma Deusa ! A garota se olha no espelho, observa o 'corpão' e diz :
Obrigada Diet Shake.

A gordinha termina de se pintar, se prepara para sair se olha no espelho
e diz :

VAI SE FUDÊ, Mc Donald's !




segunda-feira, 18 de maio de 2009

Aula de boas maneiras

Durante a aula de Boas Maneiras, diz a professora:

- Carlos, se você estivesse namorando uma moça fina e educada e,durante o jantar, precisasse ir ao banheiro, o que diria?
- Segura as pontas aí que eu vou dar uma mijadinha.
- Isso seria uma grosseria, uma completa falta de educação.

Fernandinho, como você diria?
- Me desculpa, preciso ir ao banheiro, mas já volto.
- Melhor, mas é desagradável mencionar o banheiro durante as refeições.

E você, Joãozinho, seria capaz de usar sua imaginação para, ao menos uma vez, mostrar boas maneiras?
- Eu diria: Minha princesa, peço a licença para ausentar-me por um momento, pois vou estender a mão a um grande amigo que pretendo apresentar-lhe depois
do jantar.

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Por que as brigas começam

E A BRIGA COMEÇOU...

Minha esposa sentou-se no sofá junto a mim enquanto eu
passava pelos canais.

Ela perguntou, "O que tem na TV? "

Eu disse, "Poeira. "

E a briga começou...

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Minha esposa estava dando dicas sobre o que ela queria
para seu aniversário que estava próximo.

Ela disse, "Quero algo brilhante que vá de 0 a 200 em
cerca de 3 segundos. "

Eu comprei uma balança para ela.

E então a briga começou...

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Quando cheguei em casa ontem a noite, minha esposa
exigiu que a levasse a algum lugar caro.

Então eu a levei ao posto de gasolina.

E então a briga começou...

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Minha esposa e eu estávamos sentados numa mesa na minha
reunião de colegial, e eu fiquei olhando para uma moça bêbada que
balançava seu drinque enquanto estava sozinha numa mesa próxima.

Minha esposa perguntou, "Você a conhece ?"

"Sim," disse eu, "Ela é minha antiga namorada...Eu sei
que ela começou a beber logo depois que nos separamos há tantos anos,
e pelo que sei ela nunca mais ficou sóbria."

"Meu Deus!", disse minha esposa, "quem pensaria que uma
pessoa poderia ficar celebrando por tanto tempo?"

E então a briga começou...

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Depois de aposentar-me, fui até o INSS para poder
receber meu benefício. A mulher que me atendeu solicitou minha
identidade para verificar minha idade.

Chequei meus bolsos e percebi que a tinha deixado em
casa. Disse a mulher que lamentava, mas teria que ir até minha casa e
voltar depois.

A mulher disse, "Desabotoe sua camisa."

Então, desabotoei minha camisa deixando exposto meus
cabelos crespos prateados. Ela disse, "Este cabelo prateado no seu
peito é prova suficiente para mim," e processou meu benefício.

Quando cheguei em casa, contei entusiasmado o que
ocorrera para minha esposa. Ela disse, "Por que você não abaixou as
calças? Você poderia ter conseguido auxilio-invalidez também... "

E então a briga começou...

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A mulher esta nua, olhando no espelho do quarto de
dormir. Ela não está feliz com o que vê e diz para o marido, "Sinto-me
horrível; pareço velha, gorda e feia. Eu realmente preciso de um
elogio seu. "

O marido retruca, "Sua visão está perto da perfeição. "

E então a briga começou...

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Eu levei minha esposa ao restaurante. O garçom, por
algum motivo, anotou meu pedido primeiro. "Eu vou querer churrasco,
mal-passado, por favor."

Ele disse, "Você não está preocupado com a vaca louca ?"

"Não, ela mesma pode fazer seu pedido."

E então a briga começou...

Marido bêbado

MARIDO BÊBADO

Acordei com uma puta ressaca e do lado da cama tinha um copo d'água e duas

aspirinas.

Olhei em volta e vi minha roupa passada e pendurada.

O quarto estava em perfeita ordem. Havia um bilhete de minha mulher

Querido, deixei seu café pronto na cozinha. Fui ao supermercado. Beijos.

Desci e encontrei uma mesa cheia, café esperando por mim. Perguntei à minha

filha:

O que aconteceu ontem?

Bem, Pai, você chegou às 3 da madrugada, completamente bêbado, vomitou no

tapete da sala, quebrou móveis, mijou na cristaleira antes de chegar no

quarto.

E por que está tudo arrumado, café preparado, roupa passada, aspirinas para

a ressaca e um bilhete amoroso da sua mãe?

Bem, é que mamãe o arrastou até a cama e, quando ela estava tirando a sua

calça, você gritou:

NÃO FAÇA ISSO, MOÇA, EU SOU CASADO!!!!

Encher a cara - R$ 70,00

Móveis destruídos - R$ 1.200,00

Café da manhã - R$ 20,00

Dizer a frase certa no momento certo... NÃO TEM PREÇO!




A massacrante felicidade dos outros..."

A massacrante felicidade dos outros..."



Ao amadurecer, descobrimos que a grama do vizinho não é mais verde coisí­ssima nenhuma. Estamos todos no mesmo barco. Há no ar um certo queixume sem razões muito claras.

Converso com mulheres que estão entre os 40 e 50 anos, todas com profissão, marido, filhos, saúde, e ainda assim elas trazem dentro delas um não-sei-o-quê perturbador, algo que as incomoda, mesmo estando tudo bem. De onde vem isso?

Anos atrás, a cantora Marina Lima compôs com o seu irmão, o poeta Antonio Cí­cero, uma música que dizia: 'Eu espero/ acontecimentos/ só que quando anoitece/ é festa no outro apartamento' .

Passei minha adolescência com esta sensação: a de que algo muito animado estava acontecendo em algum lugar para o qual eu não tinha convite. ɉ uma das caracterí­sticas da juventude: considerar-se deslocado e impedido de ser feliz como os outros são, ou aparentam ser. Só que chega uma hora em que é preciso deixar de ficar tão ligada na grama do vizinho.

As festas em outros apartamentos são fruto da nossa imaginação, que é infectada por falsos holofotes, falsos sorrisos e falsas notí­cias. Os notáveis alardeiam muito suas vitórias, mas falam pouco das suas angústias, revelam pouco suas aflições, não dão bandeira das suas fraquezas, então fica parecendo que todos estão comemorando grandes paixões e fortunas, quando na verdade a festa lá fora não está tão animada assim.

Ao amadurecer, descobrimos que estamos todos no mesmo barco, com motivos pra dançar uma valsa pela sala e também motivos pra se refugiar no escuro, alternadamente. Só que os motivos pra se refugiar no escuro raramente são divulgados pra consumo externo.

'Todos são belos, sexys, lúcidos, íntegros, abastados, sedutores, social e filosoficamente corretos. Parece que ninguém, nenhum deles, nunca levou porrada. Parece que todos têm sido campeões em tudo'.

Fernando Pessoa também já se sentiu abafado pela perfeição alheia, e olha que na época em que ele escreveu estes versos não havia esta overdose de revistas que há hoje, vendendo um mundo de faz-de-conta. Nesta era de exaltação de celebridades - reais e inventadas - fica difícil mesmo achar que a vida da gente tem graça. Mas tem.

Paz interior, amigos leais, nossas músicas, livros, fantasias, desilusões e recomeços, tudo isso vale ser incluí­do na nossa biografia. Ou será que é tão divertido passar dois dias na Ilha de Caras fotografando junto a todos os produtos dos patrocinadores? Compensa passar a vida comendo alface para ter o corpo que a profissão de modelo exige? Será tão gratificante ter um paparazzo na sua cola cada vez que você sai de casa? Será bom só sair de casa com alguém todo tempo na sua cola a tí­tulo de segurança? Estarão mesmo todas essas pessoas realizando um milhão de coisas interessantes enquanto só você está em casa, lendo, desenhando, ouvindo música, vendo seu time jogar, escrevendo, tomando seu uisquinho? Tenha certeza que as melhores festas acontecem sempre dentro do nosso próprio apartamento.

(Martha Medeiros, gaúcha, 44 anos, Jornalista e Poeta)




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¬¬ IGOR ¬¬

" Suponho que me entender não é uma questão de inteligência, e sim de sentir..."

Clarice Lispector


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Att
Andréa Pepino

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http://andreapepino.blogspot.com/
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skype:andreapepino
Tel.: (61) 8406.7600
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sexta-feira, 8 de maio de 2009

NECESSIDADES SEXUAIS



Eu nunca havia entendido porque as necessidades sexuais dos homens e das mulheres são tão diferentes.
Nunca tinha entendido isso de 'Marte e Venus'.
E nunca tinha entendido porque os homens pensam com a cabeça e as mulheres com o coração.
Uma noite, semana passada, minha mulher e eu estávamos indo para a cama.
Bom, começamos a ficar a vontade, fazer carinhos, provocações, o maior tesão e, nesse momento, ela parou e me disse:
- Acho que agora não quero... só quero que voce me abrace...
Eu falei: - O QUEEEEEEEEEEEEEEE???
Ela falou: - Voce não sabe se conectar com as minhas necessidades emocionais como mulher.
Comecei a pensar no que podia ter falhado.
No final, assumi que aquela noite não ia rolar nada, virei e dormi.
No dia seguinte, fomos ao shopping...
Entramos em uma grande loja de departamentos...
Fui dar uma volta enquanto ela experimentava tres modelitos carissimos.
Como não podia decidir por um ou outro, falei para comprar os tres.
Então, ela me falou que precisava de uns sapatos que combinassem, a R$200,00 cada par.
Respondi que tudo bem.
Depois fomos a joalheria, onde escolheu uns brincos de diamantes.
Estava tão emocionada!!
Deveria estar pensando que fiquei louco.
Acho ate que estava me testando quando pediu uma raquete de tenis, porque nem tenis ela joga.
Acredito que acabei com seus esquemas e paradigmas quando falei que sim.
Ela estava quase excitada sexualmente depois de tudo isso.
Voces tinham que ver a carinha dela, toda feliz!
Quando ela falou:
- Vamos passar no caixa para pagar, amor?
Daí eu disse:
- Acho que agora não quero mais comprar tudo isso, meu bem...
Só quero que voce me abrace!!!
Ela ficou pálida.
No momento em que começou a ficar com cara de querer me matar, falei:
- Voce não sabe se conectar com as minhas necessidades financeiras de
homem.
Vinguei-me... mas acredito que o sexo acabou para mim até o Natal de 2010.
(Luiz Fernando Verissimo)




terça-feira, 5 de maio de 2009

Piadas

saco do feijao

um cara entra em um buteco, e pede um prato feito. quando começa a
comer vê um fio de pentelho na comida, chama o garçom e reclama e pede
um novo PF, e lá vem com outro fio de pentelho.
o cara chama o garçom e diz:
- poxa, uma vez tudo bem, mas duas vezes?
- não liga não, isso ai é o fio do saco do feijão.
- ah bom, então manda outro PF.
- oh Feijão?
na porta da cozinha aparece um cozinheiro que diz:
- alguém me chamou?
- manda mais um PF prá mesa 5.

enzimas

P-Como as enzimas fazem sexo?
R-Fica uma enzima da outra

A Lição do Ratinho

A LIÇÃO DO RATINHO


Um rato, olhando pelo buraco na parede, vê o fazendeiro e sua esposa
abrindo um pacote. Pensou logo no tipo de comida que haveria ali.
Ao descobrir que era uma ratoeira ficou aterrorizado.
Correu ao pátio da fazenda advertindo a todos:
- Há uma ratoeira na casa, uma ratoeira na casa !!
A galinha disse:
- Desculpe-me Sr. Rato, eu entendo que isso seja um grande problema
para o senhor, mas não me prejudica em nada, não me incomoda.
O rato foi até o porco e disse:
- Há uma ratoeira na casa, uma ratoeira !
- Desculpe-me Sr. Rato, disse o porco, mas não há nada que eu possa
fazer, a não ser orar. Fique tranqüilo que o Sr. Será lembrado nas
minhas orações.
O rato dirigiu-se à vaca. E ela lhe disse:
- O que ? Uma ratoeira? Por acaso estou em perigo? Acho que não!

Então o rato voltou para casa abatido, para encarar a ratoeira.
Naquela noite ouviu-se um barulho, como o da ratoeira pegando sua vítima.
A mulher do fazendeiro correu para ver o que havia pego.
No escuro, ela não viu que a ratoeira havia pegado a cauda de uma cobra
venenosa. E a cobra picou a mulher... O fazendeiro a levou
imediatamente ao hospital. Ela voltou com febre.
Todo mundo sabe que para alimentar alguém com febre, nada melhor que
uma canja de galinha. O fazendeiro pegou seu cutelo e foi providenciar
o ingrediente principal.
Como a doença da mulher continuava, os amigos e vizinhos vieram visitá-la.
Para alimentá-los, o fazendeiro matou o porco.
A mulher não melhorou e acabou morrendo.
Muita gente veio para o funeral. O fazendeiro então sacrificou a vaca,
para alimentar todo aquele povo.
Moral da estória:
Na próxima vez que você ouvir dizer que alguém está diante de um problema e
acreditar que o problema não lhe diz respeito, lembre-se que quando há
uma ratoeira na casa, toda fazenda corre risco.
O problema de um é problema de todos!

'Nós aprendemos a voar como os pássaros, a nadar como os peixes,

mas ainda não aprendemos a conviver como irmãos'

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sexta-feira, 1 de maio de 2009

SER IGNORADO

TESE DE MESTRADO NA USP por um PSICÓLOGO
'Fingi ser gari por 8 anos e vivi como um ser invisível'

Psicólogo varreu as ruas da USP para concluir sua tese de mestrado da 'invisibilidade pública'. Ele comprovou que, em geral, as pessoas enxergam apenas a função social do outro. Quem não está bem posicionado sob esse critério, vira mera sombra social.

Plínio Delphino, Diário de São Paulo.

O psicólogo social Fernando Braga da Costa vestiu uniforme e trabalhou oito anos como gari, varrendo ruas da Universidade de São Paulo. Ali, constatou que, ao olhar da maioria, os trabalhadores braçais são 'seres invisíveis, sem nome'. Em sua tese de mestrado, pela USP,
conseguiucomprovar a existência da 'invisibilidade pública', ou seja, uma percepção humana totalmente prejudicada e condicionada à divisão social do trabalho, onde enxerga-se somente a função e não a pessoa.


Braga trabalhava apenas meio período como gari, não recebia o salário de R$ 400 como os colegas de vassoura, mas garante que teve a maior lição de sua vida:

'Descobri que um simples bom dia, que nunca recebi como gari, pode significar um sopro de vida, um sinal da própria existência', explica o pesquisador.

O psicólogo sentiu na pele o que é ser tratado como um objeto e não como um ser humano. 'Professores que me abraçavam nos corredores da USP passavam por mim, não me reconheciam por causa do uniforme. Às vezes, esbarravam no meu ombro e, sem ao menos pedir desculpas,
seguiam me ignorando, como se tivessem encostado em um poste, ou em um orelhão', diz.

No primeiro dia de trabalho paramos pro café. Eles colocaram uma garrafa térmica sobre uma plataforma de concreto. Só que não tinha caneca. Havia um clima estranho no ar, eu era um sujeito vindo de outra classe, varrendo rua com eles. Os garis mal conversavam comigo,
alguns se aproximavam para ensinar o serviço. Um deles foi até o latão de lixo pegou duas latinhas de refrigerante cortou as latinhas pela metade e serviu o café ali, na latinha suja e grudenta. E como a gente estava num grupo grande, esperei que eles se servissem primeiro. Eu
nunca apreciei o sabor do café. Mas, intuitivamente, senti que deveria tomá-lo, e claro, não livre de sensações ruins. Afinal, o cara tirou as latinhas de refrigerante de dentro de uma lixeira, que tem sujeira, tem formiga, tem barata, tem de tudo.


No momento em que empunhei a caneca improvisada, parece que todo mundo parou para assistir à cena, como se perguntasse: 'E aí, o jovem rico vai se sujeitar a beber nessa caneca?' E eu bebi.
Imediatamente a ansiedade parece que evaporou. Eles passaram a conversar comigo, a contar piada, brincar.

O que você sentiu na pele, trabalhando como gari?
Uma vez, um dos garis me convidou pra almoçar no bandejão central. Aí eu entrei no Instituto de Psicologia para pegar dinheiro, passei peloandar térreo, subi escada, passei pelo segundo andar, passei na biblioteca, desci a escada, passei em frente ao centro acadêmico, passei em frente a lanchonete, tinha muita gente conhecida. Eu fiz todo esse trajeto e ninguém em absoluto me viu. Eu tive uma sensação muito ruim. O meu corpo tremia como se eu não o dominasse, uma
angustia, e a tampa da cabeça era como se ardesse, como se eu tivesse sido sugado. Fui almoçar, não senti o gosto da comida e voltei para o trabalho atordoado.

E depois de oito anos trabalhando como gari? Isso mudou?
Fui me habituando a isso, assim como eles vão se habituando também a situações pouco saudáveis. Então, quando eu via um professor se aproximando - professor meu - até parava de varrer, porque ele ia passar por mim, podia trocar uma idéia, mas o pessoal passava como se
tivesse passando por um poste, uma árvore, um orelhão.

E quando você volta para casa, para seu mundo real?
Eu choro. É muito triste, porque, a partir do instante em que você está inserido nessa condição psicossocial, não se esquece jamais.


Acredito que essa experiência me deixou curado da minha doença burguesa. Esses homens hoje são meus amigos. Conheço a família deles, freqüento a casa deles nas periferias. Mudei. Nunca deixo de cumprimentar um trabalhador.

Faço questão de o trabalhador saber que eu sei que ele existe. Eles são tratados pior do que um animal doméstico, que sempre é chamado pelo nome. São tratados como se fossem uma 'COISA'.

'O HOMEM TORNA-SE TUDO OU NADA, CONFORME A EDUCAÇÃO QUE RECEBE'

Respeito: passe adiante!