Mostrando postagens com marcador fundos de ações. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador fundos de ações. Mostrar todas as postagens

terça-feira, 20 de maio de 2008

4 tacadas certeiras na bolsa

Os caminhos mais indicados para que investidores de qualquer perfil de risco aproveitem as oportunidades de ganho com ações

Por Giuliana Napolitano
Não há dúvidas de que a bolsa brasileira está se sofisticando. Os sucessivos anúncios de aberturas de capital e a criação de regras confiáveis e transparentes para os acionistas são os exemplos mais visíveis da nova fase. Existe, porém, uma conseqüência menos óbvia, mas igualmente importante, da modernização do mercado: o surgimento de novas possibilidades para que os pequenos investidores diversifiquem a forma de aplicar em ações – e lucrem com isso. Hoje, eles podem optar por estratégias tradicionais, como pôr dinheiro num fundo que segue a variação do Índice Bovespa, ou escolher táticas mais especializadas, como montar uma carteira de ações formada apenas por empresas que pagam dividendos.
O sucesso dessas estratégias depende do momento do mercado – será difícil encontrar boas pagadoras de dividendos quando os lucros das companhias estiverem em baixa. Os resultados também dependem do perfil do investidor. Os conservadores devem ficar longe das aberturas de capital. "Quem sabe pouco sobre o mercado pode perder dinheiro, porque é complicado avaliar empresas que nem estrearam na bolsa", diz Ricardo Binelli, diretor da corretora paulista Petra. Para orientar os investidores, EXAME montou um roteiro que detalha quatro estratégias que costumam funcionar bem.
1 - Criar um clube de investimentos
Colegas de tênis no Clube Pinheiros, um dos mais tradicionais de São Paulo, criaram outro clube – de investimentos – em janeiro de 2003. "Começamos com dez amigos que queriam testar uma forma diferente de comprar ações", conta José Américo Souza, diretor aposentado do Banco do Brasil. "Ficamos surpresos com o resultado. De lá para cá, nossa carteira valorizou mais de 500%." Números como esse têm atraído cada vez mais investidores. Hoje existem 1.500 grupos do tipo no país.
Criar um clube de investimentos é simples. Basta reunir pelo menos três pessoas com o objetivo de comprar ações. Podem ser parentes, amigos, colegas de trabalho ou até desconhecidos reunidos por uma instituição financeira. Formado o grupo, é necessário escolher uma corretora para gerir a carteira e fazer recomendações de investimento. O serviço é pago. As corretoras cobram taxas que variam de 0,5% a 4% ao ano.
Uma vantagem dos clubes é o fato de serem mais flexíveis. Os participantes palpitam na gestão da carteira e escolhem o que comprar e vender. "Mas é claro que as corretoras fazem recomendações, o que é bom para quem quer aprender mais sobre o mercado", diz Milton Milioni, diretor da corretora Geração Futuro, que administra 160 clubes, inclusive o dos tenistas do Pinheiros. Os clubes também oferecem vantagens tributárias. O imposto de renda só é pago no resgate -- nos fundos, ele é semestral. Existem, no entanto, pontos negativos. "Há clubes com até 500 participantes que nem se conhecem. Na prática, é um fundo que não cumpre todas as suas obrigações legais", diz um executivo do mercado.
2 - Participar das estréias na bolsa
Participar de aberturas de capital -- os chamados IPOs, sigla em inglês de initial public offerings -- foi um dos melhores negócios da bolsa em 2004 e 2005. As ações das 18 empresas que estrearam no pregão da Bovespa nesse período subiram, em média, 9% apenas no primeiro dia de negociação, revela um estudo feito por Rodrigo Bresser Pereira, sócio da Bresser Asset Management, de São Paulo. Nos primeiros seis meses, a alta foi de 44%. Algumas empresas surpreenderam. Foi o caso da Lojas Renner: o preço de seus papéis dobrou em um semestre.
Esse desempenho vigoroso criou a ilusão de que era fácil lucrar com as aberturas de capital. É verdade, mas essa é uma estratégia arriscada para o pequeno investidor. Geralmente leigo, ele precisa avaliar - sozinho - o potencial da empresa que vai lançar ações. Sozinho porque a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) proíbe os bancos e as corretoras que distribuem os papéis da novata de divulgar análises ou mesmo fazer comentários sobre a companhia por cerca de dois meses - desde o anúncio da operação até seu encerramento formal. (Nos últimos tempos, quase todas as corretores e bancos participaram desses IPOs). A saída é debruçar-se sobre o balanço da companhia para pinçar informações a respeito de receitas, lucro e endividamento, por exemplo. "O ideal é comprar uma história de crescimento, porque há mais garantias de que haverá retorno para o acionista", diz Ricardo Binelli, da Petra. Os analistas também recomendam selecionar companhias que sejam fortes em governança corporativa - de preferência, que façam parte do Novo Mercado, segmento da Bovespa que reúne as empresas mais transparentes e bem geridas do pregão.
É trabalhoso, sem dúvida, mas o esforço pode compensar. Quem analisou a metalúrgica Lupatech, por exemplo, embolsou um rendimento acima da média do mercado. Suas ações se valorizaram 11% da data da abertura de capital, em 15 de maio, até o fim de agosto -- período em que o Índice Bovespa caiu 8%. O caso da Lupatech ilustra o que a maioria dos especialistas espera para os IPOs dos próximos meses: haverá oportunidades de ganho, mas o retorno será bem mais modesto que o dos últimos dois anos. "O normal são ganhos mais moderados", diz Gilberto Kfouri Júnior, gestor do banco BNP Paribas. "Os resultados de 2004 e 2005 é que estavam fora do padrão." Segundo ele, os recordes desse período se devem a um cenário atípico, em que diversos fatores positivos para a bolsa ocorreram simultaneamente, como a sensível melhora do risco-país, a entrada maciça de estrangeiros no pregão brasileiro e o interesse dos investidores por novas empresas depois de anos sem aberturas de capital na Bovespa. Hoje, porém, tudo isso é passado. "Agora, o que conta é o potencial da empresa", diz.
3 - Aplicar em fundos de ações
É a forma mais conservadora de ingressar na bolsa - e, portanto, ideal para quem é leigo. Toda a gestão da carteira está a cargo de profissionais. O maior trabalho do investidor, nesse caso, é escolher bons administradores de recursos e analisar seu desempenho periodicamente, comparando-os com outros fundos. "Profissionais qualificados recebem uma série de relatórios de análises de ações de corretoras e, com isso, têm mais subsídios para tomar boas decisões", diz Kfouri. "Além disso, como acompanhamos o dia-a-dia do mercado, conseguimos perceber muitos movimentos de alta ou baixa na bolsa e nos antecipar." Outra vantagem dos fundos é a grande variedade de estratégias à disposição dos investidores. Existem no mercado desde carteiras bem tradicionais, como as que seguem a variação do Índice Bovespa, até alternativas mais sofisticadas, como as que aplicam apenas em ações de empresas pequenas e médias, com baixa liquidez, conhecidas como small caps. "O cotista consegue diversificar aplicando pequenos valores", diz Kfouri.
Esses serviços, é claro, têm um preço. Todos os fundos cobram taxas de administração -- que podem chegar a 5% ao ano --, e alguns descontam também taxas de performance da rentabilidade dos cotistas, que são proporcionais aos rendimentos. Uma desvantagem dos fundos é o fato de os investidores terem pouca -- ou nenhuma -- interferência na gestão das carteiras.
4 - Ganhar com dividendos
Todas as companhias brasileiras de capital aberto são obrigadas a distribuir um quarto de seu lucro em dividendos para seus acionistas. Essa regra cria uma oportunidade para os investidores que buscam retornos menos voláteis na bolsa: comprar ações de empresas grandes, estáveis e -principalmente - lucrativas para ganhar com a divisão de seus resultados. "Há menos sobressaltos porque os altos e baixos do mercado têm pouca influência nos lucros das companhias, especialmente mais maduras e de grande porte", diz Binelli, da Petra. Por isso, também é uma boa estratégia para quem pretende montar um portfólio de ações de longuíssimo prazo - direcionado, por exemplo, para financiar parte dos gastos com a aposentadoria. "O investidor tem a perspectiva de receber retornos mais consistentes."
As pagadoras de dividendos mais tradicionais da Bovespa são CPFL Energia, Itaú, Telesp, Souza Cruz e Petrobras -- isso, é claro, quando a estatal petrolífera não decide usar seus lucros para cobrir o rombo bilionário do fundo de pensão de seus funcionários, como ocorreu recentemente. A Telesp, por exemplo, pagou a seus acionistas um adicional de quase 16% sobre o preço de suas ações nos últimos 12 meses. Isso significa que, em um ano, os investidores embolsaram uma valorização de 16%, fora a alta das cotações do papel, que foi de 46% no período.
A estratégia de viver de dividendos é bastante comum nos Estados Unidos. É uma das receitas de sucesso do famoso grupo de investidoras americanas, as Beardstown Ladies. Essas senhoras, que têm entre 50 e 85 anos e vivem em Beardstown, cidadezinha de 6 000 habitantes no Meio-Oeste americano, criaram um clube de investimentos que se tornou lendário por investir em ações de empresas conhecidas e superar o rendimento médio da bolsa de Nova York por mais de uma década.
Revista Exame 06/09/2006

segunda-feira, 19 de maio de 2008

Investidores movem recursos de fundos de curto prazo para outros de maior risco

Por: Equipe InfoMoney 05/05/08 - 19h31
InfoMoney SÃO PAULO
- Investidores saíram de fundos de curto prazo e moveram-se em direção a carteiras de maior risco, segundo aponta o relatório semanal da consultoria EPFR Global - correspondente ao período de sete dias terminado em 30 de abril.
Antecipando-se à última reunião do Federal Reserve, terminada na quarta-feira passada, investidores resgataram US$ 32,4 bilhões de fundos de curto prazo ao redor do mundo.
Mais risco no portfólio "Investidores estão incluindo mais risco em seus portfólios como transpareceu nos últimos dados de fluxo, na medida em que fundos de títulos de yield elevado, fundos de ações de mercados emergentes e de small caps norte-americanas registraram entrada de recursos", justificou o diretor da EPFR Global, Brad Durham, em relatório.
Nos Estados Unidos, os fundos de ações registraram resgates líquidos de US$ 2,83 bilhões na semana que antecedeu a esperada decisão do Fed. Porém, as saídas registradas foram de fundos de large caps, enquanto as small caps apresentaram aplicações líquidas, "mais um sinal de visão positiva do mercado", avalia o analista-chefe da consultoria, Cameron Berndt. Europa: aversão ao risco Os fundos de ações europeus registraram resgate líquido na última semana.
O relatório da EPFR Global explica que, apesar da maioria das retiradas de recursos terem sido de apenas um fundo alemão, os dados do fluxo do continente revelam que os investidores acreditam que o pior ainda está por vir na região.
Emergentes: ações seguem captando Pela terceira vez em quatro semanas, os fundos de ações de mercados emergentes apresentaram captações fortes, o melhor desempenho desde o quarto trimestre de 2007.
Os fundos de ações de emergentes asiáticos registraram captação líquida de US$ 1,4 bilhão. Os fundos de ações dos BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China) tiveram a maior captação líquida em 12 meses. Segundo os dados da EFPR Global, os fundos de ações de mercados emergentes e da América Latina tiveram as seguintes captações: Performance em milhões Região Captação Líquida Global Emerging Markets 1.028 América Latina 336,57 BRIC 462,12