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segunda-feira, 16 de junho de 2008

Corretoras de Clubes de Investimento - BOVESPA

ABN AMRO REAL CCVM S.A. - 30
AGORA CTVM S.A. - 39
ALFA CCVM S.A. - 4
AMARIL FRANKLIN CTV LTDA. - 226
ATIVA S.A. CTCV - 147
BANIF CVC S.A. - 102
BRADESCO S.A. CTVM - 72
BRASCAN S.A. CTV - 57
CODEPE CV S.A. - 234
COINVALORES CCVM LTDA. - 74
CONCORDIA S.A. CVMCC - 23
CORRETORA GERAL DE VC LTDA. - 186
CORRETORA SOUZA BARROS CT S.A. - 2
CS HEDGING-GRIFFO CV S.A. - 95
DIAS DE SOUZA VSC LTDA. - 91
DIFERENCIAL CTVM S.A. - 140
FATOR S.A. CV - 131
FINABANK CCTVM LTDA - 76
GERALDO CORREA CVM S.A. - 192
GRADUAL CCTVM S.A. - 227
H.H. PICCHIONI S.A. CCVM - 232
INDUSVAL S.A. CTVM - 15
INTERFLOAT HZ CCTVM LTDA. - 239
INTRA S.A. CCV - 77
ISOLDI S.A. CVM - 5
MAGLIANO S.A. CCVM - 1
OMAR CAMARGO CCV LTDA. - 175
PETRA PERSONAL TRADER CTVM S.A - 35
PILLA CVMC LTDA. - 190
PLANNER CV S.A - 129
PRIME S.A. CCV - 189
PROSPER S.A. CVC - 150
SAFRA CVC LTDA. - 59
SCHAHIN CCVM S.A. - 34
SENSO CCVM S.A. - 191
SITA SCCVM S.A. - 187
SLW CVC LTDA. - 110
SOCOPA SC PAULISTA S.A. - 58
SOLIDEZ CCTVM LTDA. - 47
SOLIDUS S.A. CCVM - 177
SPINELLI S.A. CVMC - 10
THECA CCTVM LTDA - 130
TITULO CV S.A. - 90
TOV CCTVM LTDA. - 82
UMUARAMA S.A. CTVM - 37
UNIBANCO INVESTSHOP CVMC S.A. - 228
WALPIRES S.A. CCTVM - 86
XP INVESTIMENTOS CCTVM S.A. - 3

Nota: Dados fornecidos pelas Sociedades Corretoras.

Você entregaria seu investimento

Arte: Evandro Rodrigues
US$ 500 bilhões são administrados por cérebros eletrônicos nos Estados Unidos e na Europa
Corretoras lançam aplicações administradas por cérebros eletrônicos segundo a teoria do caosPor alexandre teixeira

A descrição do projeto está mais próxima da ficção científica do que das finanças: clubes de investimento geridos segundo técnicas de inteligência artificial e teoria do caos. Duas corretoras paulistas, a Gradual e a SLW, abriram quase simultaneamente grupos que terão suas aplicações em ações administradas por um cérebro eletrônico desenvolvido por uma empresa de tecnologia financeira chamada Phynance. A proposta é radical: gestão de ativos totalmente livre de interferência humana. Ou seja, as decisões de compra e venda de papéis não dependerão de análises da conjuntura e das empresas nem da interpretação de gráficos com as trajetórias das ações. Apenas da antecipação, feita por uma máquina, dos movimentos do mercado. No caso da Gradual, o papel do gestor limitou-se à escolha inicial de 10 ações com alto nível de liqüidez e boas perspectivas de longo prazo. A partir daí, as ordens de compra e venda são dadas pelo computador. Soa um tanto amalucado, mas os primeiros resultados são animadores. No teste que fez entre 15 de janeiro e 15 de março, o gestor Marcelo Sugueno obteve ganho de 21,7% para sua carteira, contra 4,44% do Ibovespa.

Conhecido como estratégia quantitativa, esse método de gestão é bem conhecido nos mercados mais desenvolvidos. Cerca de US$ 500 bilhões são administrados por essa espécie de piloto automático nos Estados Unidos e na Europa. As primeiras tentativas de se usar a teoria do caos na previsão de movimentos dos mercados foram feitas em 1994 no Instituto de Santa Fé, no Novo México. Os estudantes de graduação em física J. Doyne Farmer e Norman Packard (celebrizados no livro Profetas de Wall Street) transformaram a teoria em prática quando fundaram a Prediction Company e passaram a vender previsões mercadológicas e recomendações de compra e venda de ações. Com um modelo matemático famoso por “adivinhar” onde a bolinha de uma roleta vai parar assim que ela começa a girar, Farmer e Packard mostraram ser possível prever o comportamento das ações em uma bolsa de valores assim que o pregão é aberto. As ferramentas desenvolvidas desde então não funcionam bem para previsões de longo prazo. Mas são muito boas para horizontes de um dia ou dois – universo onde operam os chamados day traders.

O pai do primeiro modelo brasileiro comercialmente viável para esta finalidade é o professor Fabio Bretas, um físico com 10 anos de experiência no mercado financeiro (a maior parte deles passados no BankBoston). Para ele, o trabalho dos analistas e gestores que escolhem as ações para montar uma carteira continua sendo indispensável. Mas a inteligência artificial é imbatível quando o que conta é a rapidez para detectar movimentos em mercados complexos e identificar possibilidades de ganho. “O problema no passado era falta de informação. Hoje, é o excesso”, diz Bretas. “Nos Estados Unidos, você já tem robozinhos comprando e vendendo ações praticamente por conta própria.”

Pelo sistema da Phynance, todos os dias, cerca de 10 minutos antes do encerramento do pregão da Bovespa, as corretoras clientes recebem uma mensagem com as recomendações de compra de ações para iniciar a jornada seguinte. Sugueno, da Gradual, limita-se a adequar a carteira do clube de investimento “quântico” da corretora – que até a segunda-feira 10 tinha sete participantes – às novas coordenadas. Mas Roberto Caliani, da SLW, não resiste à tentação de temperar as indicações do cérebro eletrônico com um pouco de inteligência natural. “Às vezes eu não me agüento”, justifica, meio constrangido. “Ainda tenho o cacoete de operador.”


O QUE É A TEORIA DO CAOS
O conceito básico da teoria do caos é a impossibilidade de se fazerem previsões de longo prazo em sistemas dinâmicos. Isso porque eles são sensíveis às chamadas condições iniciais. Na economia, o exemplo clássico são os boatos nas bolsas, capazes de alterar a tendência do pregão. A teoria do caos busca no aparente acaso uma ordem determinada por leis precisas, que torna possível fazer previsões confiáveis para fenômenos de curto prazo.