terça-feira, 20 de maio de 2008

Como Investir na Bolsa de Valores

Livros

Assaf Neto, Alexandre. Mercado Financeiro. São Paulo: Atlas, 2005.
Número de paginas 302 - brochura.Oferece uma visão ampla e moderna dos mercados financeiros e de capitais, abordando o funcionamento de suas instituições e operações financeiras.

Andrezo, Andréa Fernandes; Lima Iran Siqueira. Mercado Financeiro: aspectos históricos e conceituais. São Paulo: Atlas, 2002. Número de paginas 373 - brochura.Este livro apresenta principais conceitos do mercado financeiro nacional, sob uma perspectiva histórica, com ênfase a partir dos anos 60, período em que surgiu o Conselho monetário nacional.

Lopes, Alexandro. Curso de Mercado Financeiro: tópicos especiais. São Paulo Atlas 2006.
Número de paginas 586 - brochura.O texto parte dos clássicos aspectos dos mercados de renda variável e fixa, com e sem intermediação financeira, adentra nas operações de seguros, previdência privada, consórcio, derivativos. Estuda, ainda, os campos da lavagem de dinheiro e da governança corporativa para, finalmente, discutir riscos de mercado.

Anfac. Cartilha do factoring. São Paulo, 2003.
Número de paginas 255 – brochura.Partindo do conceito de factoring, o trabalho aborda desde elementos históricos, características, modalidades, vantagens e desvantagens da operação até modelos de contratos adotados pela Associação Nacional de Factoring - Anfac, não olvidando os aspectos processuais e tributários do instituto.

Quiroga Mosqueira, Roberto. Tributação no Mercado Financeiro e de Capitais. São Paulo: Dialética, 1998.
Número de paginas 271.O texto fala muito sobre juros, renda fixa e a diferença sobre renda variável, define em seu texto o pais de tributação favorecida (paraísos fiscais).

Rocca, Carlo Antonio et al. Mercado de Capitais e a retomada do crescimento econômico: Os novos desafios da Bovespa, 1999.
Número de paginas 376 – brochura.O texto coloca em questão os principais obstáculos ao desenvolvimento do mercado de capitais brasileiro.

Covello, Sergio Carlos, Contratos Bancário. São Paulo: Leud, 1999.
Número de paginas 352 - brochura.Este livro fornece relevantes subsídios para a correta interpretação dos contratos bancários, contribuindo para evitar os abusos que, por força da técnica de adesão, esses contratos podem ensejar. Texto de referência e consulta profissional, a obra interessa tanto aos que trabalham na empresa bancária como aos que militam em outras áreas e necessitam de um guia seguro e de fácil manuseio para resolver os litígios que envolvam instituições financeiras.

Bruni, Adriano Leal. Mercados Financeiros: Para certificação profissional ANBID 10 (CPA-10) São Paulo: Atlas, 2005.
Número de paginas 456 – brochura.Constituído de sete capítulos, o texto apresenta inicialmente os conceitos gerais sobre o tema, como poupar e investir, intermediação e segmentação dos mercados financeiros. Os capítulos seguintes são: sistema financeiro nacional, ética e regulamentação, noções de economia e finanças, princípios de investimento, fundos de investimento, que incluem ações, letras hipotecárias, swaps, certificados de depósito bancário, debêntures, notas promissórias e títulos públicos.

Hull, John. Introdução aos Mercados Futuros e de Opções. 2ª edição. São Paulo: Cultura Editores Associados e BM&F, 1996.
Número de paginas 597 - brochura.Nesta edição revista e ampliada, há maior ênfase no uso de árvores binomiais na avaliação de opções, além da discussão atualizada sobre swaps, estratégias de gestão de carteira, hedging, especulação e arbitragem. No final de cada capítulo são fornecidos problemas e questões para que os leitores possam avaliar sua compreensão dos principais conceitos apresentados.

Toscano Júnior, Luis Carlos. Guia de referência para o mercado financeiro. São Paulo: EI – Edições Inteligentes, 2004.
Número de paginas 199 – brochura.Este é um manual claro e objetivo para entender esse universo, para iniciantes e para especialistas fala sobre a revolução no mercado de capitais, sobre novas formas de credito, investimento, a sofisticação da indústria de fundos, o avanço dos recebíveis.

Fortuna, Eduardo. Mercado financeiro: produtos e serviços. 15 ed. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2002.
Número de paginas 848 - acabamento brochura.O autor explica de forma resumida a origem e o funcionamento das principais instituições multilaterais de credito como o FMI e o Banco Mundial, fala sobre a facilitação na concessão de empréstimos a na aplicação em fundos de investimentos.

segunda-feira, 19 de maio de 2008

Investidores movem recursos de fundos de curto prazo para outros de maior risco

Por: Equipe InfoMoney 05/05/08 - 19h31
InfoMoney SÃO PAULO
- Investidores saíram de fundos de curto prazo e moveram-se em direção a carteiras de maior risco, segundo aponta o relatório semanal da consultoria EPFR Global - correspondente ao período de sete dias terminado em 30 de abril.
Antecipando-se à última reunião do Federal Reserve, terminada na quarta-feira passada, investidores resgataram US$ 32,4 bilhões de fundos de curto prazo ao redor do mundo.
Mais risco no portfólio "Investidores estão incluindo mais risco em seus portfólios como transpareceu nos últimos dados de fluxo, na medida em que fundos de títulos de yield elevado, fundos de ações de mercados emergentes e de small caps norte-americanas registraram entrada de recursos", justificou o diretor da EPFR Global, Brad Durham, em relatório.
Nos Estados Unidos, os fundos de ações registraram resgates líquidos de US$ 2,83 bilhões na semana que antecedeu a esperada decisão do Fed. Porém, as saídas registradas foram de fundos de large caps, enquanto as small caps apresentaram aplicações líquidas, "mais um sinal de visão positiva do mercado", avalia o analista-chefe da consultoria, Cameron Berndt. Europa: aversão ao risco Os fundos de ações europeus registraram resgate líquido na última semana.
O relatório da EPFR Global explica que, apesar da maioria das retiradas de recursos terem sido de apenas um fundo alemão, os dados do fluxo do continente revelam que os investidores acreditam que o pior ainda está por vir na região.
Emergentes: ações seguem captando Pela terceira vez em quatro semanas, os fundos de ações de mercados emergentes apresentaram captações fortes, o melhor desempenho desde o quarto trimestre de 2007.
Os fundos de ações de emergentes asiáticos registraram captação líquida de US$ 1,4 bilhão. Os fundos de ações dos BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China) tiveram a maior captação líquida em 12 meses. Segundo os dados da EFPR Global, os fundos de ações de mercados emergentes e da América Latina tiveram as seguintes captações: Performance em milhões Região Captação Líquida Global Emerging Markets 1.028 América Latina 336,57 BRIC 462,12

Trabalho e emprego – conceitos distintos

Autor: Maria Bernadete Pupo
Área: Jurídica Sub Área: Humanos
PUBLICIDADE É comum associar as palavras emprego e trabalho como se tivessem o mesmo significado.
O “trabalho” surgiu no momento em que o homem começou a transformar a natureza e o ambiente ao redor com o auxílio do artesão.
Após o advento da Revolução Industrial, configura-se a relação capitalista com a necessidade de organizar grupos de pessoas, processos, instrumentos criando-se a partir daí, a idéia do "emprego”, o qual sempre sugeriu relação estável, e mais ou menos duradoura, entre a empresa e o empregado.
Desde então, as noções de trabalho e de emprego foram se confundindo.
O emprego se configurou ao longo do tempo como relação estável, porque existe um contrato com vínculo, carteira assinada e sendo assim, instaura-se uma condição de conforto pelos benefícios do FGTS, 13º salário, férias e outros tantos; mas, por outro lado, também temos muitas outras obrigações, pouco agradáveis como bater cartão, submeter-se à subordinação e muitas vezes cumprir ordens e regras rígidas.
Com o passar dos tempos, o tão sonhado e confortável emprego veio sofrendo fortes alterações, em que as condições de estabilidade até então oferecidas foram perdendo forças, resultado da globalização e dos próprios adventos tecnológicos, os quais acirraram a competitividade, eliminando postos, níveis hierárquicos e deixando milhões de pessoas desempregadas, em grande parte do nosso planeta.
Hoje, as organizações não estão mais dispostas a manter o custo de um corpo permanente de empregados para realizar grande parte dos serviços de que necessitam, muitas nem têm condições de fazer isso. Vários desses trabalhos, já nem precisam ser realizados continuamente.
Nesses casos, a organização não precisa de empregados, mas sim de prestadores eventuais de tais tarefas.
Essas realidades vêm configurando um cenário de desemprego cada vez maior.
O Ministério do Trabalho registrou no mês de fevereiro de 2007 a queda de 16,2% de novos empregos com carteira assinada em relação ao verificado no mesmo mês de 2006.
Com o passar dos tempos, vemos cada vez mais a substituição gradual do emprego fixo, de longa duração e em tempo integral por outras formas de prestação de serviços como: o trabalho autônomo, o trabalho por meio de cooperativa, da terceirização dos serviços, o trabalho temporário, o trabalho em tempo parcial, o trabalho por projeto, etc.
Porém, é importante deixar registrado que, enquanto o emprego diminui, a possibilidade de trabalho aumenta vertiginosamente. E é nesse contexto que surge a figura do empreendedor.
Nesse sentido, no mundo do trabalho o profissional terá que se tornar o administrador de sua própria carreira, sendo responsável pelos seus ganhos e perdas.
No mundo do trabalho a principal manifestação ocorre através do empreendedorismo em que o profissional deve ter a capacidade de transformar desafios em oportunidades de construir projetos sociais de estimular a inovação e de buscar soluções para as necessidades latentes.
O empreendedor vê no trabalho a oportunidade de realizar seus sonhos, que não necessariamente estejam ligados restritamente ao lado financeiro.
É importante que o profissional empreendedor busque, além dos ganhos materiais, a transformação, identificando necessidades e inovando através de produtos, serviços e processos que agreguem valor aos consumidores e que, acima de tudo, lhes traga a alegria de “ser”.
Diante desse contexto, cabe a você profissional decidir pela busca constante do emprego como sinônimo de conforto e de acomodação ou pela transformação de uma situação de incerteza como prelúdio ao incentivo para buscar e enfrentar as diversas formas que se apresentam de prestação de serviços.
Descubra suas potencialidades e faça um teste!
*Maria Bernadete Pupo é consultora e gerente de RH do Centro Universitário FIEO UNIFIEO), em Osasco (SP), e autora do livro “Empregabilidade acima dos 40 anos” (ed. Expressão & Arte) http://www.netlegis.com.br/index.jsp?arquivo=detalhesArtigosPublicados.jsp&cod2=809

domingo, 18 de maio de 2008

Quais os riscos da cirurgia da obesidade ?

O risco de vida é o mesmo de qualquer operação de grande porte (menor que 0,5%, isto é, aproximadamente, 1 morte a cada 200 cirurgias), mas existe e deve ser considerado. Por vezes a mortalidade é precedida de reoperações, longos períodos em UTI (unidade de terapia intensiva), com sofrimento e pesar para todos. Portanto a cirurgia para tratamento da obesidade mórbida, deve ser bem avaliada pelo paciente e familiares, que devem estar cientes dos riscos de mortalidade e complicações. As principais causas de mortalidade são: Deiscência, que é a abertura de um ponto nas suturas do estômago ou intestino, levando a saída de liquido para a cavidade abdominal, causando peritonite e septicemia (infecção generalizada). Isto pode levar o paciente a nova cirurgia, para reparar esta abertura, mas mesmo assim pode causar a morte. Embolia pulmonar (sangue coagulado nos pulmões) que é o "entupimento" de de uma ou várias artérias que irrigam o pulmão, e algumas vezes pode levar o paciente a morte por insuficiência respiratória. Outras causas, bem menos comuns como: insuficiência respiratória, infarto do miocárdio, insuficiência renal, também podem levar o paciente a morte.

RESOLUÇÃO CFM N° 1.766/05 - Cirurgia Bariátrica

RESOLUÇÃO CFM N° 1.766/05

(Publicada no D.O.U., 11 jul 2005, Seção I, p. 114)
Estabelece normas seguras para o tratamento cirúrgico da obesidade mórbida, definindo indicações, procedimentos aceitos e equipe.

O Conselho Federal de Medicina, no uso das atribuições conferidas pela Lei n° 3.268/57, de 30 de setembro de 1957, regulamentada pelo Decreto n° 44.045 de 19 de julho de 1958, e

CONSIDERANDO que o alvo de toda a atenção do médico é a saúde do ser humano, em
benefício da qual deverá agir com o máximo de zelo e o melhor de sua capacidade profissional (Art.2° do CEM);

CONSIDERANDO que o médico deve aprimorar continuamente seus conhecimentos e usar o melhor do progresso científico em benefício do paciente (Art.5° do CEM);

CONSIDERANDO que é vedado ao médico efetuar qualquer procedimento médico sem o
esclarecimento e o consentimento prévios do paciente ou de seu responsável legal, salvo em iminente perigo de vida (Art. 46 do CEM);

CONSIDERANDO que o Conselho Federal de Medicina é órgão supervisor da éticaprofissional em toda a República e, ao mesmo tempo, julgador e disciplinador da classe médica, cabendo-lhe zelar e trabalhar por todos os meios ao seu alcance pelo perfeito desempenho ético da medicina e pelo prestígio e bom conceito da profissão e dos que a exerça legalmente (Art.2° da Lei n°3.268/57);

CONSIDERANDO a necessidade de normatização do tratamento cirúrgico da obesidade mórbida;

CONSIDERANDO o parecer aprovado na sessão plenária de 13/05/05, RESOLVE:
Art. 1° - Normatizar, nos termos dos itens do anexo desta resolução, o tratamento cirúrgico da obesidade mórbida.
Art. 2° - Novos procedimentos serão analisados pela Câmara Técnica sobre Cirurgia Bariátrica para Tratamento de Obesidade Mórbida.
Art. 3° - O paciente e seus familiares devem ser esclarecidos sobre os riscos da Cirurgia e a conduta a ser tomada no pós-operatório.
Art. 4° - Esta resolução entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília-DF, 13 de maio de 2005.

Dr. EDSON DE OLIVEIRA ANDRADE Dra. LÍVIA BARROS GARÇÃO

Presidente Secretária-Geral

ANEXO


1- INDICAÇÕES GERAIS:

Pacientes com Índice de Massa Corpórea (ICM) acima de 40 kg/m2.
Pacientes com IMC maior que 35 kg/m2 e co-morbidades (doenças agravadas pela obesidade e que melhoram quando a mesma é tratada de forma eficaz) que ameacem a vida, tais como diabetes, apnéia do sono, hipertensão arterial, dislipidemia, doença coronariana, osteo-artrites e outras.
Idade: maiores de 18 anos. Idosos e jovens entre 16 e 18 anos podem ser operados, mas exigem precauções especiais e o custo/benefício deve ser muito bem analisado.
Obesidade estável há pelo menos cinco anos.
Pelo menos dois anos de tratamento clínico prévio, não eficaz.
Ausência de drogas ilícitas ou alcoolismo.
Ausência de quadros psicóticos ou demenciais graves ou moderados.
Compreensão, por parte do paciente e de seus familiares, dos riscos e mudanças de hábitos inerentes a uma cirurgia de grande porte e da necessidade de acompanhamento pós-operatório com a equipe multidisciplinar por toda a vida do paciente.


2 - RISCO CIRÚRGICO: deve ser compatível com o procedimento cirúrgico proposto e
ausência de doenças endócrinas de tratamento clínico.


3 - EQUIPE: precisa ser capacitada para cuidar do paciente nos períodos pré e transoperatório,
e fazer o seguimento do mesmo.

COMPOSIÇÃO: cirurgião com formação específica, clínico, nutrólogo e/ou nutricionista, psiquiatra e/ou psicólogo, fisioterapeuta, anestesiologista, enfermeiros e auxiliares de enfermagem familiarizados com o manejo desses pacientes.


4 - HOSPITAL: precisa apresentar condições adequadas para atender obesos mórbidos, bem como possuir UTI e aparelho anestésico regulável para ciclagem com grandes volumes e baixa pressão.


5 - PROCEDIMENTOS ACEITOS:


A) RESTRITIVOS:
1- BALÃO INTRAGÁSTRICO: colocação de um balão intragástrico com cerca de 500 ml de líquido, com 10% de Azul de Metileno, objetivando diminuir a capacidade gástrica do paciente, provocando a saciedade e diminuindo o volume residual disponível para os alimentos. Método provisório: o balão deve ser retirado no prazo máximo de seis meses.

INDICAÇÃO: adjuvante do tratamento de perda de peso, principalmente no preparo préoperatório de pacientes com superobesidade (IMC acima de 50kg/m2), com associação de patologias agravadas e/ou desencadeadas pela obesidade mórbida.

CONTRA-INDICAÇÕES: esofagite de refluxo; hérnia hiatal; estenose ou divertículo de esôfago; lesões potencialmente hemorrágicas como varizes e ângiodisplasias; cirurgia gástrica ou intestinal de ressecção; doença inflamatória Intestinal; uso de antiinflamatórios, anticoagulantes, álcool ou drogas e transtornos psíquicos.

COMPLICAÇÕES: aderências ao estômago; passagem para o duodeno; intolerância ao balão, com vômitos incoercíveis; úlceras e erosões gástricas; esvaziamento espontâneo do balão; obstrução intestinal por migração do balão; perfuração gástrica; infecção fúngica em torno do Balão.

VIA DE ACESSO: endoscópica.


2- GASTROPLASTIA VERTICAL BANDADA OU CIRURGIA DE MASON: Nestes procedimentos é criado um pequeno reservatório gástrico na região da cárdia, com capacidade em torno de 20 ml, regulando-se a saída por um anel de polipropileno. Estas cirurgias provocam cerca de 20% de perda de peso.

INDICAÇÕES: pacientes não compulsivos, que não tenham o hábito de ingestão de doces em abundância e não se desviem da orientação nutricional, ingerindo líquidos ricos em calorias; caso contrário, os resultados são desanimadores.

VANTAGENS: causa mínimas alterações metabólicas, com baixa morbi-mortalidade e baixo custo. Procedimento reversível, preserva a absorção e a digestão. O estômago e o duodeno permanecem acessíveis à investigação endoscópica e radiológica.

DESVANTAGENS: perda de peso insatisfatória (menos de 50% do excesso de peso) por fístula gastrogástrica ou por intolerância progressiva maior à ingestão de líquidosou pastosos hipercalóricos; maior ocorrência de vômitos; possibilidade de deiscência das linhas grampeadas,
seguida de complicações intra-abdominais; procedimento inadequado tanto para pacientes que ingerem muito doce como para portadores de esofagite de refluxo.

VIAS DE ACESSO: convencional (laparotômica) ou por videocirurgia.


3- BANDA GÁSTRICA AJUSTÁVEL: é uma prótese de silicone que, colocada em torno do estômago proximal, faz com que este passe a ter a forma de uma ampulheta ou uma câmara acima da banda. O diâmetro interno da banda pode ser regulado no pósoperatório por injeção de líquido no reservatório situado no subcutâneo, de fácil acesso.

VANTAGENS: método reversível, pouco agressivo, permite ajustes individualizados no diâmetro da prótese. Com sua retirada é possível realizar de outros procedimentos bariátricos, mínimas repercussões nutricionais. Não há secção e sutura do estômago.Baixa morbimortalidade operatória e retorno precoce às atividades habituais.

DESVANTAGENS: custo elevado; perda de peso freqüentemente insuficiente a longo prazo; exige estrita cooperação do paciente em seguir as orientações dietoterápicas; riscos inerentes ao uso permanente de corpo estranho; inadequada para pacientes que ingerem muito doce e/ou apresentam esofagite de refluxo e hérnia hiatal; possibilidade de ocorrência de complicações a longo prazo, como migração intragástrica da banda, deslizamento da banda e complicações com o reservatório.

VIA DE ACESSO: convencional (laparotômica) ou por videocirurgia.
B) CIRURGIAS DISABSORTIVAS:
Essas cirurgias (PAYNE OU BYPASS JEJUNO-JEJUNAL) estão proscritas em vista da alta incidência de complicações metabólicas e nutricionais a longo prazo. O princípio fundamental das mesmas é a perda, pelas fezes, das calorias ingeridas. As complicações ocorrem pela grande quantidade de intestino desfuncionalizado, que leva a um supercrescimento bacteriano no extenso segmento intestinal excluído, provocando alta incidência de complicações digestivas, tais como diarréia, cirrose, pneumatose intestinal e artrites. Pelo exposto, não mais devem ser realizadas.

C) CIRURGIAS MISTAS:
As cirurgias mistas para tratamento de obesidade mórbida associam restrição e disabsorção em maior ou menor grau do intestino, dependendo da técnica empregada e da extensão do intestino delgado excluído do trânsito alimentar.

1 - CIRURGIA MISTA COM MAIOR COMPONENTE RESTRITIVO: esse grupo de cirurgias compreende as diversas modalidades de bypass gástrico com reconstituição do trânsito intestinal em “Y de Roux”.

CIRURGIAS MAIS EMPREGADAS:
CIRURGIA DE FOBI, CIRURGIA DE CAPELLA E CIRURGIA DE WITTGROVE E CLARK. Estas cirurgias, além da restrição mecânica representada pela bolsa gástrica de 30 a 50 ml, restringem a alimentação por meio de um mecanismo funcional do tipo Dumping (mal-estar provocado pela ingestão de alimentos líquidos ou pastosos hipercalóricos) e, ainda, pela exclusão da maior parte do estômago do trânsito alimentar. Com isso, o hormônio ghrelina, que aumenta o apetite e é produzido no estômago sob estímulo da chegada do alimento, tem sua produção minimizada.
Pode-se acrescentar um anel estreitando a passagem pelo reservatório antes da saída da bolsa para a alça jejunal – o que retarda o esvaziamento para sólidos, aumentando, ainda mais, a eficácia dos procedimentos.

VANTAGENS: perda de peso adequada e duradoura, com baixo índice de insucesso. Tratam a doença do refluxo. São eficientes em comedores de doces e têm baixo índice de complicações a longo prazo. Fácil controle metabólico e nutricional do paciente. São reversíveis, embora com dificuldade técnica. Apresentam ótimos resultados em termos de melhora da qualidade de vida e das doenças associadas. São as mais usadas no Brasil e nos Estados Unidos, com maior tempo de acompanhamento.


DESVANTAGENS: tecnicamente mais complexas; acesso limitado ao estômago e ao duodeno para métodos radiológicos e endoscópicos; passíveis de complicações como deiscência de suturas; maiores chances de deficiências protéicas e anemia do que as cirurgias restritivas.


VIA DE ACESSO: convencional (laparotômica) ou videocirurgia.


2- CIRURGIA MISTA COM MAIOR COMPONENTE DISABSORTIVO: São procedimentos que envolvem menor restrição da capacidade gástrica, o que permite maior ingestão alimentar, com predomínio do componente disabsortivo.


CIRURGIAS MAIS USADAS:
§ CIRURGIA DE SCOPINARO (derivação bílio-pancreática com gastrectomia distal).
§ CIRURGIA DE DUODENAL-SWITCH (derivação bílio-pancreática com gastrectomia vertical da grande curvatura e preservação do piloro). Nestas cirurgias o intestino delgado é seccionado a cerca de 250 cm da válvula íleo-cecal. O segmento distal é anastomosado ao estômago. O
§ segmento proximal é anastomosado ao íleo a 50, 100 ou 150 cm da válvula íleocecal,
dependendo da técnica escolhida.


VANTAGENS: não há restrição de alimentos ingeridos; muito eficazes em relação à perda de peso e manutenção a longo prazo; reservatório gástrico completamente acessível aos métodos de investigação radiológica e endoscópicos.

DESVANTAGENS: mais sujeitos a complicações nutricionais e metabólicas de difícil controle; maior chance de haver deficiência de vitamina B12, cálcio, e ferro; maior chance de haver desmineralização óssea; alta incidência de úlcera de boca anastomótica; aumento do número de evacuações diárias, com fezes e flatos muito fétidos.

Orientação Psicologica ao Paciente que fará cirurgia bariátrica

O tratamento cirúrgico para a obesidade mórbida, não é inócuo, apresenta risco de vida (menor que 0,5%), dificuldades de adaptação as mudanças realizadas no aparelho digestivo. Cerca de 3% dos operados poderão apresentar problemas tardios como: deslocamento do anel (quando a técnica utilizada o coloca), diarréias crônicas, desnutrição; problemas estes que necessitam, por vezes, de nova cirurgia. Além disto, um pequeno grupo de operados pode apresentar perda de peso bem abaixo do esperado. Portanto o procedimento cirúrgico deve ser bem avaliado. A participação nas reuniões para candidatos a cirurgia é indispensável, assim como uma avaliação psicológica. Procure estar ciente de tudo antes de se operar, leve um familiar próximo às consultas e reuniões; para que este esteja também ciente das mudanças, dificuldades e riscos, que a sua cirurgia pode ocasionar. Uma vez operado, siga a risca todas as instruções da equipe médica com relação a dieta, retornos, exames etc. Não acredite na informação de terceiros, procure sempre a orientação da equipe médica. Freqüente as reuniões para os já operados, onde terá informações de como comer: alimentos necessários para que não fique desnutrido, ou com anemia etc.

Porque o Paciente obeso é encaminhado para avaliação psicológica, antes da cirurgia?

A Obesidade, longe de ser uma “fraqueza de caráter” é uma doença que afeta a pessoa nos seus aspectos físico, psíquico e social. É considerada uma condição clínica multi-determinada, na qual se associam diversas causas, no processo do seu desenvolvimento. Dentre estas causas, com muita freqüência, apresentam-se os fatores psicológicos ou emocionais.

Em se tratando de pacientes obesos mórbidos, podemos afirmar que a maioria dos que chegam à Cirurgia Bariátrica traz alterações emocionais. Essas dificuldades de natureza psicológica podem estar presentes entre os fatores determinantes da obesidade exógena (reativa), ou entre as conseqüências, na obesidade endógena ou de desenvolvimento em que a pessoa apresenta excesso de peso desde o começo da vida e tende a vivenciar e a confundir os mais variados desejos com necessidade de alimento. Seu emocional é abalado pelas dificuldades, limitações e sofrimento por ser obeso.

Sendo assim, como comprovam vários estudos realizados, a avaliação e o trabalho psicológico pré e pós-operatório são de fundamental importância. Muitos pacientes resistem ao atendimento psicológico na etapa pré-cirúrgica, alegando não ter necessidade, pois já estão decididos: querem submeter-se à cirurgia da obesidade. O atendimento psicológico não visa a convencer ninguém a fazer a gastroplastia e sim preparar essa pessoa, para que possa passar pelo processo cirúrgico e, conseqüentemente, de emagrecimento, de forma saudável e tranqüila. Outra grande preocupação do paciente em relação à avaliação psicológica é o temor de ser “barrado” ou impedido pelo psicólogo da realização de seu grande desejo: submeter-se à cirurgia. Na verdade, não é esse o papel que nos cabe. Nosso objetivo é preparar adequadamente o paciente, pelo tempo que ele necessitar se preciso for. Em caso de distúrbios psiquiátricos, solicitamos acompanhamento do psiquiatra para complementar o trabalho.

Assim, o contato com o psicólogo se faz importante para a orientação, informação e apoio desse paciente na sua preparação para a cirurgia. O período imediatamente após a cirurgia é relatado pelos operados como sendo um dos mais difíceis. É a fase de recuperação do ato cirúrgico, de maior desconforto e de adaptação à dieta líquida. Junta-se a tudo isso a expectativa, a ansiedade e a insegurança: “Será que deu mesmo tudo certo?”.

Vencido o 1º período (da ingestão apenas de líquidos), a adaptação ao alimento sólido é a outra etapa.

Neste período pós-cirúrgico, o acompanhamento psicológico é voltado geralmente para a adaptação aos novos hábitos. É, sem dúvida, esse tipo de questionamento que nos traz o paciente em suas consultas. Após o 3º ou 4º mês de cirurgia, o paciente entra em nova fase: a da “lua de mel” com a cirurgia. O emagrecimento começa a ser notado por todos, os elogios tornam-se constantes, as roupas estão cada vez mais largas, há aumento da disposição e do bem estar e o paciente passa a ter maiores cuidados com sua aparência, investindo mais em si mesmo. Após 6 ou 8 meses, a perda de peso está em torno de 30 %. Tudo é novidade! Neste momento, o paciente operado não sente a menor necessidade de uma psicoterapia. É nesse período que muitos desaparecem dos consultórios dos psicólogos (e muitas vezes dos retornos médicos!).

Sentem-se tão bem, como nunca estiveram na vida: auto-suficientes, mais seguros e com a auto-estima elevada, bonitos e muitas vezes eufóricos. Contudo nesse momento a psicoterapia volta-se para a nova imagem corporal e para as repercussões que ocorrerão a partir daí na personalidade do indivíduo.

O corpo que o paciente obeso “não via”, não entrava em contato, passa a ser alvo de observações e elogios. Algumas dificuldades emocionais que estavam encobertas pela “capa de gordura” tendem a surgir. Conflitos básicos emergem e, se não forem tratados, podem fazer com que o paciente lance mão de “boicotes” ao emagrecimento como forma de evitar sofrimento. Passa, por exemplo, a ingerir grandes quantidades (divididas em pequenas porções) de alimentos pastosos com alto teor calórico, dificultando sua perda de peso ou mesmo recuperando alguns quilos.

Nesta fase, grandes mudanças estão ocorrendo e uma multiplicidade de opções se abre à frente da pessoa emagrecida e isso requer nova aprendizagem social. Assumir responsabilidades das quais era poupado por falta de condições físicas e pelas limitações que a obesidade impunha, agora colocam a pessoa diante de situações nunca vividas ou vividas há muito tempo. A obesidade, de uma certa forma, protegia. Em torno de um ano após a cirurgia, o peso do paciente operado se estabiliza. Tudo aquilo que era novidade passou a fazer parte da rotina de vida. Algumas vezes a depressão se instala. O objetivo foi alcançado: “Deixei de ser obesa, mas apesar de magra, continuo sozinha, tenho problemas no trabalho, nos relacionamentos…”.
Estudos realizados mostram que deixar de ser obeso implicará em mudanças na maneira de agir e na vida como um todo. E, ao reorganizar-se e estruturar-se novamente, freqüentemente a pessoa emagrecida necessita de ajuda.

O trabalho psicológico pode auxiliar o paciente a conhecer e a compreender melhor a si mesmo, a aderir de forma mais eficiente ao tratamento, envolvendo-o e tornando-o responsável pela vivência de criação de uma nova identidade e estimulando a sua participação efetiva no processo de emagrecimento. A cirurgia é apenas o começo.

Psicólogos do Instituto Garrido:
Aída Regina Marcondes Franques
Pedro Belarmino Garrido
Instituto Garrido

sexta-feira, 16 de maio de 2008

COMO VAI SUA AUTO-ESTIMA?

Não é nada fácil corresponder às expectativas dos outros. São os pais querendo que a gente obedeça a determinadas regras ou que escolha essa ou aquela carreira, é o namorado ou a namorada reclamando do nosso jeito, são os amigos cobrando mais atenção ou mais dedicação, os professores pedindo mais esforço, a TV e a moda exigindo um corpo bonito e roupas descoladas. Quando vemos, o mundo à nossa volta se transforma num amontoado de pressões tão diferentes que é quase impossível suportá-las. O pior é que muitas pessoas tentam atender a essas exigências sem se dar conta do quanto elas podem ser insensatas ou exageradas. Em uma música dos Paralamas do Sucesso, Herbert Viana começa cantando assim: "Eu queria ver no escuro do mundo, onde está tudo que você quer, pra me transformar no que te agrada...".

Essa frase resume a tentativa de pessoas que buscam, de todas as maneiras, agradar os outros: sujeitam-se a fazer trabalhos escolares para os colegas "menos empenhados", renunciam aos seus sonhos para seguir a carreira sugerida pelos pais, sentem-se incapazes de dizer "não" mesmo para os pedidos mais estapafúrdios ou submetem-se a regimes de fome ou a cargas altíssimas de exercícios na esperança de alcançar aquele corpo "mais que perfeito"...

Mas, afinal, para que tudo isso? Essa tentativa de ser o que o outro quer (namorado, pais, amigos e, até mesmo, desconhecidos) nada mais é do que o desejo de se sentir amado pelos outros. Essa atitude, porém, de nada adianta porque, aos olhos dessas pessoas que se esforçam tanto pelo amor dos outros, nada do que fazem é realmente suficiente. Elas acabam sempre achando que não são interessantes, competentes ou bonitas o bastante para que os outros se interessem por elas pelo que são. No final das contas, toda essa história nem tem a ver com os outros; tem a ver com a auto-estima.

A auto-estima diz respeito ao quanto somos capazes de enxergar em nós mesmos nossas qualidades, habilidades, capacidade de realização, enfim, ao quanto nos valorizamos. Quando temos uma boa auto-estima, nós nos sentimos seguros diante das pessoas e sabemos que vão gostar de nós pelo que somos. No entanto, quando nossa auto-estima é muito baixa, pensamos que devemos ser diferentes (mais bonitos, mais inteligentes, mais prestativos) para que os outros nos achem interessantes, e fica sempre a sensação de que há algo errado conosco.

É isso que acontece naquela música dos Paralamas do Sucesso. A letra fala de alguém que não se acha bom o suficiente para agradar a quem ama. Então, seu desejo é se transformar em outra pessoa. Haja baixa auto-estima, hein?

Nossa auto-estima começa a se construir desde que somos muito pequenos, quando os adultos à nossa volta (em geral, nossos familiares) nos ensinam a enxergar as nossas qualidades. Às vezes, famílias muito exigentes tornam difícil para os filhos aprenderem a se valorizar. É comum, nesses casos, que eles tenham padrões de exigência muito altos, só se sentindo bem-sucedidos quando, por exemplo, tiram dez em todas as matérias na escola.

Aprender a se valorizar, a se aceitar do jeito que você é (com suas qualidades e defeitos) e, principalmente, a gostar de si mesmo é muito importante para melhorar a auto-estima. Mas ninguém consegue fazer isso de uma hora para outra e nem existem exercícios milagrosos que possam resolver o problema. O primeiro passo é procurar fazer uma auto-avaliação realista, analisar a si mesmo com atenção e ver os aspectos bons que fazem parte de sua personalidade. Esse processo exige esforço e, muitas vezes, é necessário o auxílio de um profissional. Nesses casos, procurar um psicólogo pode tornar mais fácil o caminho para melhorar sua auto-estima.

Fonte:

Como melhorar sua auto-estima

Como melhorar a sua auto-estima

1. Transforme os lamentos em decisões. Deixe a atitude passiva de lado e assuma para si a responsabilidade de promover mudanças.

2. Escolha objetivos possíveis, mesmo que você tenha que conquistá-los pouco a pouco. Metas inatingíveis são o caminho mais fácil para a frustração e uma nova recaída na auto-estima.

3. Trabalhe seu auto-conhecimento questionando sobre seus valores e analisando o que é realmente importante para você. Isto vai ajudá-lo a tomar decisões e mudar atitudes.

4. Assuma seus defeitos e se aceite do jeito que você é. Não se trata de ser acomodado, pelo contrário. Tente melhorar o que for possível, mas não exagere buscando perfeição em tudo. Essa busca é infinita, e você pode estar desperdiçando tempo e esforços que poderiam ser dedicados a outras atividades mais produtivas e prazeirosas.

5. Encare o fracasso como algo normal. Aproveite-o como uma lição valiosa para encarar os novos desafios, e não como prova de incapacidade.

6. Expresse suas opiniões, desejos. Por outro lado, respeite as opiniões de outras pessoas. Respeitar não significa que você deva concordar necessariamente com elas.

7. Diversifique e amplie suas relações.

8. Pequenas atitudes podem significar muito: um telefonema, uma festa com os amigos, arrumação do quarto, etc.

Atenção:

1. Dê um passo de cada vez. Querer resolver tudo de uma vez na maioria das vezes não é uma atitude realista.

2. Não caia na tentação do álcool para esquecer os problemas e obstáculos. O melhor é enfrentá-los de forma otimista, sem subestimá-los ou, ao contrário, achar que são intransponíveis.

Fonte: www.sabido.com.br

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

sexta-feira, 11 de janeiro de 2008